Diário de Bordo, Vila do Conde, 26 de Junho de 2007
Canção do dia: «J' y Suis Jamais Allé» in Amélie
Tarde, 6 de Abril de 2007, apanho o metro na estação de Vila do Conde. Mais um dia, mais uma viagem. Seria tudo igual não fosse a data, não fosse a tradição. 6 de Abril de 2007. A minha primeira Serenata académica.
Em busca do desconhecido, e guiando-me pelas palavras de outros, parto para o Porto, com a finalidade de participar no mais belo evento da Queima do Porto. Envergando de preto. Junto-me a iguais. As carruagens enchem-se de negro. Ouve-se falar de tradição, de costumes e de indumentárias. Doutores mais velho ensinam caloiros a dobrar a capa. Trajar é para muitos um orgulho. Um símbolo de tudo aquilo que lutaram para atingir o ensino superior. Para outros, o entusiasmo de ser estudante do Porto.
Chegando ao Porto. Na estação os amigos esperam. Trajados pela primeira vez. Adquirímos consciência que somos universitários.
Deambulam pelo burgo antigo. Personagens escuras esvoaçam. Parecem pegas. Aves negras com as pontas das asas e pescoço branco.
Anoitece. A luz foge. As capas fecham, o branco tapa-se. As pegas transformam-se em morcegos.
Por toda a cidade, e depois de jantares académicos, vultos dirigem-se para o mesmo local.
Meia-noite. Atmosféria mágica. Com os Clérigos como fundo traçam-se capas. Abraçam-se padrinhos e amigos. A emoção confunde-se com as notas e acordes que dançam e se perdem no luar.
Andante
terça-feira, 26 de junho de 2007
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