terça-feira, 21 de julho de 2009

Cinzento

Diário de Bordo, Vila do Conde, 21 de Julho de 2009
Canção do Dia: «Help» The Beatles


Era um daqueles dias cinzentos. Cinzentos de tempo e cinzentos de cabeça. Com mau tempo dentro e fora de casa. Não apetece fazer mesmo nada! Ficamos pachorrentos, remelados. Entre o sofá e a internet fica por fazer a meia dúzia de coisas em falta. A preguiça prevalece.

A mana desafiou-me...
Nada melhor no pensamento e no apetite...
Fomos ao cinema.

Depois de uma simpática boleia da mommy até ao metro, seguimos viagem até ao Norteshoping onde o Harry Potter nos aguardava.

Terminado o filme a viagem de regresso esperáva-nos.
Enquanto nos descolávamos das pipocas da roupa íamos dando o habitual gozo uma à outra.
Até que...a minha irmã decide fazer greve de fala para me chatear.

E tive de vir os 20 minutos seguintes a tentar fazê-la falar. Nada. Vim o resto da viagem como que sozinha.
Enfim...


...que desespero.

Andante

sábado, 18 de julho de 2009

Aquática

Diário de Bordo, Vila do Conde, 18 de Julho de 2009
Canção do Dia: «Zé do Caroço» Seu Jorge


"[...] Aos seus pés estava uma poça de água calma e límpida. No seu interior a vida agitava-se num outro mundo de cores e formas.
Quando era criança, a avó costumava passear por aquela praia com ela - ou com ela e Andrew. Haviam estudado as poças de água, mas não como numa aula. Não, haviam-se agachado e observado as poças apenas pelo prazer de o fazer. Haviam rido quando o que parecia tratar-se de uma rocha lhe esguichava incomodada.
Pequenos mundos, chamara-lhes a avó. Cheios de paixão, sexo, violência e política - e frequentemente mais sensíveis do que a vida que existe na parte seca do planeta. [...]"

(em «A Dama Negra» de Nora Roberts)

Andante

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ja chegamos?

Diário de Bordo, Vila do Conde, 16 de Julho de 2009
Canção do Dia: «Desabafo» Marcelo D2


Os berros de duas irmãs extremamente irrequietas marcaram a viagem. Ambas pequenas vestidas de branco e de pequenas unhas pintadas de rosa. Peguinhavam uma com a outra. Perguntavam incansavelmente:
-Já chegamos?
-E agora, já chegamos?
-Mãe... Já chegamos?
-Só chegamos depois de passar a noite (túnel).
-Já passamos uma noite e ainda não chegamos!
-Mas temos de passar uma noite mais comprida, não é mãe?
Chorava copiosamente.
-Eu não quero estar aqui parada!


Só queria chegar ao destino.

Andante