Diário de Bordo, Vila do Conde, 15 de Setembro de 2008
Canções do Dia: Album: «Children's Songs» Chick Corea
Depois de estar vários meses sem actualizações, o novo ano lectivo começa para iniciar novamente a vida sobre carris.
Adoro ler livros amarrotados, livros com cantos dobrados, livros com anotações. Livros já lidos, livros já pensados. Porque cada vinco, cada dobra, cada palavra escrita amplia a curiosidade do porquê, de tal chamada de atenção.
«...Nunca desistirei de procurar, tal é a minha decisão. Também tu, pelo que me parece, andaste à procura. Quererás dizer-me uma palavra, ó Venerado?
Siddhartha disse:
-O que poderia ter eu para te dizer, ó Venerável? Talvez dizer-te que procuras demasiado? Que enquanto procurares nunca conseguirás encontrar?
-Como assim?-perguntou Govinda.
-Quando alguém procura-respondeu Siddhartha- pode acontecer que os olhos vejam apenas a coisa que ele procura, que não permitam que ele a encontre porque ele pensa sempre e apenas naquilo que procura, porque ele tem um objectivo, porque está possuído por esse objectivo. Procurar significa ter um objectivo. Mas encontrar significa ser livre, manter-se aberto, não ter objectivos. Tu, Venerável, és talvez um homem à procura, pois, perseguindo o teu objectivo, muitas vezes não vês aquilo que está perante os teus olhos.
-Ainda não te compreendo perfeitamente-disse Govinda-,o que queres dizer com isso?...»
(em «Siddhartha» de Hermann Hesse)
Andante
Canções do Dia: Album: «Children's Songs» Chick Corea
Depois de estar vários meses sem actualizações, o novo ano lectivo começa para iniciar novamente a vida sobre carris.
Adoro ler livros amarrotados, livros com cantos dobrados, livros com anotações. Livros já lidos, livros já pensados. Porque cada vinco, cada dobra, cada palavra escrita amplia a curiosidade do porquê, de tal chamada de atenção.
«...Nunca desistirei de procurar, tal é a minha decisão. Também tu, pelo que me parece, andaste à procura. Quererás dizer-me uma palavra, ó Venerado?
Siddhartha disse:
-O que poderia ter eu para te dizer, ó Venerável? Talvez dizer-te que procuras demasiado? Que enquanto procurares nunca conseguirás encontrar?
-Como assim?-perguntou Govinda.
-Quando alguém procura-respondeu Siddhartha- pode acontecer que os olhos vejam apenas a coisa que ele procura, que não permitam que ele a encontre porque ele pensa sempre e apenas naquilo que procura, porque ele tem um objectivo, porque está possuído por esse objectivo. Procurar significa ter um objectivo. Mas encontrar significa ser livre, manter-se aberto, não ter objectivos. Tu, Venerável, és talvez um homem à procura, pois, perseguindo o teu objectivo, muitas vezes não vês aquilo que está perante os teus olhos.
-Ainda não te compreendo perfeitamente-disse Govinda-,o que queres dizer com isso?...»
(em «Siddhartha» de Hermann Hesse)
Andante
1 comentário:
és maravilhosa, és mesmo uma mulher maravilhosa! gosti "fala rápido"
um beijo da "fala barato"
Drudella
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