Diário de Bordo, Vila do Conde, 24 de Janeiro de 2011
Canção do Dia: «Etelvina» Sérgio Godinho
Temperaturas Baixas. Entram duas senhoras "frescas" a esfregar as mãos.
-Parecemos duas moscas quando pousam a esfregar as paticas!
-Oh Linda, biste aquele assador tradicional naquela loja? Acho que bou comprar pra dar ao meu Tone.
-Qual era o preço?
-Trinta e cinco aérios. Num é caro, não?
-Para churrasqueira está bem.
-Tamém me parece um bom preço. O home pass'ó Inverno todo a sonhar que chegue o Berão para fazer churrascos.
-Lá que o teu home gosta de bifes, é berdade. Onde bais sair hoje?
-Tenho dir ao Corte Inglês.
-Bais cedo, carago!
-É berdade, não quero esperar. Às 10 horas já lá tou. Então Sr. Santos, já cá está'
-Tem que ser.
-Bai a Fânzeres, ber a netinha nova.
-É tan linda, a minha menina.
-Ai deve ser, deve. A manhe é bonita, o pai tamém. Deve ser um anjinho.
-Lá isso é!... Vou ali à Trindade, comprar os jornais, vou comprar um sandocha e só depois é que bou.
-Este tempo é que está uma balente merda, não é Sr. Santos?
-É berdade Linda. Olha, antes de onte, ca chuva, esqueci-me de balidar o passe. Bieram os picas e tibe multa, claro. Tufa! Binte aérios! Fui logo à Trindade pagar, que num gosto de deber nada a ninguém. Hoje, recebi uma carta do metro a agradecer de ser bom cliente.
-Sim?! E a carta foi só por isso?
-Sim, só por isso. Por ser bom cliente e pagar logo.
-Ah...bom...
-Quer dizer, gastam um selo a agradecer terem-te chulado binte aérios. Tá muito bem.
Andante
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
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