Diário de Bordo, Vila do Conde, 24 de Junho de 2011
Canção do Dia: «Margarida» Gutanaki
Escrevo porque me dá um distanciamento das situações. Faz-me ver a vida por outros olhos. Como quem observa de longe, e analisa assim o que se passa. Deste modo, consigo pensar logicamente. As emoções ficam de lado não distorcendo a razão. O nevoeiro desaparece, e tudo se torna mais nítido.
Andante
sexta-feira, 24 de junho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
Comboios
Diário de Bordo, Vila do Conde, 18 de Junho de 2011
Canção do Dia: «Destiny» Zero 7
Tenho um grande amigo peruano que, para além de excelente cozinheiro e grande entusiasta da bola, possui uma teoria sobre comboios. Para ele, as pessoas sentam-se nos comboios da maneira como sentem a vida naquele momento.
Se se sentam de frente para a viagem, estão de mente e braços abertos para o que o futuro lhes reserva. Utilizam a viagem para fazer planos, organizar a semana, fazer listas ou simplesmente dormir. Estão no presente. Aceitam o passado e sabem que o amanhã existe.
Se, por algum motivo se sentam de costas para o destino, veem no vidro o reflexo do que são. Observam o passado, aquilo que já alcançaram, os caminhos que já percorreram.
Ele também lembra que há pessoas que não se sentam de costas para evitar enjoos e vómitos. Pequenas manifestação mundanas que interferem com o desenrolar do espírito.
Na viagem em que partilhou a sua teoria, um grupo de amigos partia em busca de uma cidade desconhecida. Agora, viajo sozinha, no percurso habitual, ao encontro dos amigos. Sabendo que é necessário, por vezes, sentarmo-nos de costas para o destino para levar a viagem em frente.
Andante
Canção do Dia: «Destiny» Zero 7
Tenho um grande amigo peruano que, para além de excelente cozinheiro e grande entusiasta da bola, possui uma teoria sobre comboios. Para ele, as pessoas sentam-se nos comboios da maneira como sentem a vida naquele momento.
Se se sentam de frente para a viagem, estão de mente e braços abertos para o que o futuro lhes reserva. Utilizam a viagem para fazer planos, organizar a semana, fazer listas ou simplesmente dormir. Estão no presente. Aceitam o passado e sabem que o amanhã existe.
Se, por algum motivo se sentam de costas para o destino, veem no vidro o reflexo do que são. Observam o passado, aquilo que já alcançaram, os caminhos que já percorreram.
Ele também lembra que há pessoas que não se sentam de costas para evitar enjoos e vómitos. Pequenas manifestação mundanas que interferem com o desenrolar do espírito.
Na viagem em que partilhou a sua teoria, um grupo de amigos partia em busca de uma cidade desconhecida. Agora, viajo sozinha, no percurso habitual, ao encontro dos amigos. Sabendo que é necessário, por vezes, sentarmo-nos de costas para o destino para levar a viagem em frente.
Andante
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Vento
Diário de Bordo, Vila do Conde, 08 de Junho de 2011
Canção do Dia: «Marutka» L'Herbe Folle
"Assobia o vento dentro de mim.
Estou despido. Dono do nada, dono de ninguém, nem mesmo dono de minhas certezas, sou minha cara contra o vento, a contravento, e ou o vento que bate em minha cara."
Canção do Dia: «Marutka» L'Herbe Folle
"Assobia o vento dentro de mim.
Estou despido. Dono do nada, dono de ninguém, nem mesmo dono de minhas certezas, sou minha cara contra o vento, a contravento, e ou o vento que bate em minha cara."
Eduardo Galeano
Andante
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Sr Rouxinol
Diário de Bordo, Vila do Conde, 02 de Junho de 2011
Canção do Dia: «Finally We Are No One» Múm
Segundo uma existente enciclopédia lá de casa, o rouxinol é uma ave passeriforme, migratória (Erithacus megarhynchos), da família dos muscicapídeos, encontrada na Europa, Ásia e África, cujo canto, melodioso, é emitido pelos machos especialmente à noite e durante o período reprodutivo.
Há um rouxinol diurno que me costuma apanhar na Vila. Vem sempre da Póvoa e está sempre onde corre mais ar. Encontrei-o já várias vezes. Veste sempre a mesma plumagem. Escura, garrida, e suja. Usa barba comprida e uma mochila sempre às costas. Na escuridão do seu ser, ganha vida o seu assobio. Ora trina música clássica, ora chilreia umas modinhas mais nacionais. Sem esquecendo o que passa de momento na rádio, enche o metro com o seu gorjeio. Quando entra a segurança, o assobio parte-se. Bate asas rapidamente e voa para céu aberto.
Andante
Subscrever:
Mensagens (Atom)